sábado, 5 de maio de 2012

DINHEIRO CURTO?

Dezembro de 2006.
Plazza Shoping Niterói.
Final de noite, quase fechando.

Pessoas cansadas e ansiosas, na interminável fila para pagar o estacionamento (que absurdo ter que pagar estacionamento num lugar onde se freqüenta para gastar dinheiro!!).

Finalmente após longos minutos, chegou a minha vez.

Eu e minha esposa, cansados daquele intenso movimento pré-natalino, e nada satisfeitos em ter que “desembolsar algum”, dos parcos recursos que ainda tínhamos no bolso...

Como eu havia acabado de raspar o finalzinho da grana que restava no banco, 40 Reais para ser bem exato, estava somente com notas de R$10,00.

Olha só a situação:


EU:
Pego uma nota, coloco sobre o balcão e já vou adiantando:
“Desculpe, mas não tenho menor.”

Moça do Guichê: (mesmo após eu ter adiantado o recado):
_ “O senhor não tem menor, não?”

EU:
_“Não. Infelizmente, só tenho assim, e só tenho mais um pouquinho”.

Moça do Guichê:
_“Vê se o senhor tem nota menor aí”.

(Acho que ela não entendeu, ou não acreditou...)

EU:
_“É conforme eu lhe disse, só to com nota de dez, não tenho menor, não”.


A fila começou a se mover em movimento “peristáltico”, e os zum-zuns começavam a mostrar que os enfileirados estavam com pressa.

Moça do Guichê:
_“Vê aí, se tem menor...”

EU:
Ao mesmo tempo que colocava as outras 3 notas de R$10,00 sobre o balcão, fui dizendo:
_“TÁ TUDO AÍ. AGORA ELES ESTÃO FAZENDO TODAS AS NOTAS DE DEZ, DO MESMO TAMANHO, POR ISSO EU NÃO TENHO MENOR NÃO !”

A moça do guichê ficou zangada comigo, e os caras que estavam atrás de mim se desmanchavam em risos. Teve até uma senhora que disse:

_“ Ainda bem que você tem bom humor...”


(e você acha que eu iria perder uma oportunidade destas de me divertir?)