sábado, 1 de março de 2014

Não tem como não te valorizar

Quando a gente pensa num amigo, geralmente se lembra de bons momentos, de fases da nossa vida, ou até mesmo de bons conselhos que recebemos deles.

É claro, que a vida não é só feita de bons momentos. Às vezes a gente chora, sofre e até se desespera... Mas tendo um amigo por perto, se pode sobreviver e esperar a esperança voltar.

Eu tenho um amigo chamado Afonso Leite. Aliás, pouquíssimos amigos eu tenho (sou bastante esquisito e não sou dado a fazer amizades facilmente). E desse amigo, tenho muito boas lembranças e histórias.

Quando eu tinha um kart (Honda 13HP) e treinava sem sequer conseguir índice para participar de uma corrida de verdade, ele me disse o seguinte:
“- Cisco. Vende o kart e vem correr de carro que eu te apresento umas pessoas legais que poderão te dar uma força”.

Com várias ajudas, consegui sair do kart e pular pra um Voyage pra correr na segunda divisão. Realmente, o cara além de bem relacionado, se desdobrou para me ajudar.
E conseguiu nada menos do que me incluir no vácuo da equipe do Marquinhos Mastropietro, pra quem não sabe, é o melhor preparador de carros e mais vitorioso chefe de equipe da Categoria Turismo no Rio de Janeiro. (Quem diria... eu, um simples e pobre mortal, correndo em Jacarepaguá. E com carro preparado pelo Marquinhos!)!

Por “verba insuficiente”, consegui fazer apenas 6 corridas (das 10) em 2003, conseguindo alguns quintos e sextos lugares nas corridas, ficando em 10º lugar no final do Campeonato (competindo com mais 19 “feras”) [outro dia eu conto detalhes].

Em dezembro daquele ano, tive uma oportunidade muito boa de subir ao podium para receber um troféu de 3º colocado na corrida preliminar da Copa Petrobras de Pick up Racing. Nós do Rio de Janeiro, abrimos a corrida e mais tarde entraram as picapes. Mais de 10.000 pessoas assistiram meu carro quebrar, eu mesmo na pista dar uma “remendada” no acionamento do carburador, e chegar em terceiro...


Com essas e outras lembranças de coisas que mudam a vida da gente (a minha mudou), é que costumo pensar no Afonso. Com reverencia e admiração.



É isso aí, amigo Afonso.
Feliz aniversário hoje!!

sábado, 4 de janeiro de 2014

O SACO !


No início dos anos 70, fui comprar um carro zero Km.


Naqueles dias, talvez por ser quase final de ano, não tinha o modelo e a cor que eu desejava em nenhuma agência nem concessionária do Rio de Janeiro.

Depois de visitar ou ligar para todas, consegui encontrar numa autorizada no subúrbio, então lá fomos nós, eu e meu amigo Silvio ambos de calça jeans surrada, camiseta Hering não-muito-nova, eu de tênis velho e ele de sandálias Havaianas (ambos com grande cabeleira, como era costume para jovens naquela época).
Paramos o carro (antigo), entramos no salão de vendas e procuramos pelo “nosso contato” o qual havia me atendido muito cordialmente por telefone.

Após me apresentar, o sujeito nos olhou (eu e o Silvio) e...

... virou para o lado e pegou o telefone para ligar para alguém sem sequer nos mandar sentar ou dizer: “ - peraí um instantinho que já vou lhe atender” .
Após a primeira ligação, veio a segunda.
Depois veio a terceira.
E nós ali de pé feitos dois “num-sei-o-quê” durante muitos minutos.
Em seguida ele parou e olhou para nós.
Aí pensei: “- Agora é minha vez”.

E não é que o danado voltou a pegar naquele maldito aparelho e ligou para a quarta pessoa !!?


Eu que normalmente não sou dado a bate-bocas nem discussões, comecei a ficar “aquecido” por dentro, e quando meu termostato interior apitou, peguei a sacola de papel pardo das Casas da Banha, a qual estava cheia de dinheiro vivo (como peixes recém-pescados pulando na rede!), enfiei na cara dele (com telefone e tudo), ao mesmo tempo que dizia: “ - Tô com muito dinheiro aqui. Se não quiser me atender, vou comprar noutro lugar!”

O cara ficou transparente. Botou o telefone no gancho; pediu desculpas, ofereceu cadeiras e cafèzinho.


Só não fui realmente comprar em outro lugar, porque não tinha aquele carro em mais lugar nenhum.



Alí aprendi como tem pessoas que julgam por aparência, e como o poder do dinheiro transforma “um garoto simples, comum e mal vestido”, num cliente VIP.

Como é triste saber disto.


... Mas como foi divertido fazer aquilo.
Rimos deste episódio até hoje.

Sim. Até hoje!

.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Numa Sexta-Feira Qualquer, Uma Sexta-Feira Marcante

Várias tribos se reuniam no Alto da Boa Vista nas noites de sexta-feira.


Uns iam para o mato, para acenderem seus cigarros diferentes e depois curtirem os carros (ou discos-voadores).

Alguns iam para estarem “por cima da onda”, pois todo garoto tijucano com mais de 15 anos devia estar assistindo o pega quando a polícia chegasse baixando o cacete, para contar na praia sábado e segunda-feira na escola.

Outros ainda, gostavam de ver as máquinas muito rebaixadas, com rodas largas e motores envenenados desfilando para cima e voando para baixo na pista improvisada que era aquela avenida. E eu, é claro, fazia parte deste último grupo.

A curva da Cascatinha era o ponto alto da concentração. De um lado e do outro da pista, a galera se amontoava e fazia a maior algazarra quando entravam dois ou mais carros grudados e “voando baixo” fazendo seus roncos e pneus gritarem mais alto que o barulho da garotada que assistia. Era arrepiante! O barulho das descargas chegava antes de vermos os carros pois o circuito era (e ainda é) cheio de curvas.

Poucas vezes eu descia o Alto nas noites das sextas-feiras. Normalmente minha turma era mais seletiva, e brincávamos todos os dias na parte da tarde, quando o movimento de carros era pequeno (naquela época) e não tinha “platéia” (que era mais para exibicionistas e “amadores”).

Em 1973, eu tinha um Karmann-Ghia vermelho que comprei do Alexandre B. Santiago. O carro já era bem bonito com as rodas de Puma e os grandes faróis de milha Oscar, mas eu o rebaixei mais ainda e mandei pintá-lo em estufa na oficina do Rudí, que era especialista em carros importados que o deixou com a pintura mais brilhante que a pintura de fábrica.

... E, numa sexta-feira qualquer, tinha acabado de buscar o carro no representante Puma (Lemos e Brentar) do Jardim Botânico, onde tinha mandado fazer um motor Puma 1.9 com pistões grandes, eixo de maior curso, trocado os 2 carburadores originais por dois de Opala, e outras coisinhas mais (se quiser a receita completa, é só me escrever), quando a noitinha tinha decidido amaciar o motor, passeando devagarinho... aonde?

Exatamente! No Alto da Boa Vista.

O plano inicial era eu e meu amigo Beto passarmos devagarinho pela galera exibindo a beleza do carro brilhando super-baixo e com as rodas com as beiradas polidas (naquela época as rodas de magnésio eram foscas, e só 1 ou 2 anos mais tarde inventaram polimento para rodas de liga e quem queria que suas rodas brilhassem nas beiradinhas, tinha que polir “no braço” e mesmo assim, o brilho não durava 24 horas) e depois seguirmos para a Zona Sul, fazendo quilometragem de amaciamento do motor.

Mas quis o destino (sempre ele) que logo no início da subida, eu fosse ultrapassado por nada menos que o Mustang Mach 1 amarelo com motor V8 de um cara conhecido como Pêpe. Ele vinha bem rápido e quando eu vi aqueles faróis no meu espelho, ele já estava do lado me ultrapassando. Claro que não gostei, e bastou um pequeno incentivo do Beto dizendo: “Cola nele! Cola nele!” que eu na mesma hora esqueci a recomendação de amaciar devagar aquele motor, e reduzi a marcha enfiando o pé no acelerador. O contagiros logo piscou avisando que havia chegado o limite de 6.000 RPM mas estiquei até 6500 e tome marcha pra cima. Como o Mustangão não era tão bom de curva apertada quanto o pequeno Karmann-Ghia 1.9, em apenas duas ou três curvas eu estava com o bico literalmente enfiado embaixo do pára-choque daquele enorme e oscilante Veoitão. Eu só via o painel traseiro dele com as luzes de freio se acendendo antes de eu precisar frear. É lógico que o V8 tinha mais torque e poder de retomada, mas eu por conhecer a pista como a palma da minha mão, e a ajuda imprescindível do meu “cadeira 2” avisando se vinha carro descendo ou não para eu poder cortar as curvas com tangência além disso o fator surpresa eu-não-sabia-que-um-carrinho-desses-podia-grudar-na-traseira-do-meu-Mach1, fez com que num vacilo de tangencia onde o grandalhão escorregou mais do que o normal para fora da curva, eu devolvesse a ultrapassagem por dentro e fosse abrindo dele aos pouquinhos até a pracinha do Alto onde a gente fazia a volta para descer detonando. Ufa! Deu trabalho!

Na descida, voltei meio devagar com um gigantesco sorriso (mais na alma do que no rosto), e vínhamos conversando a respeito de amaciar o motor ou não, quando ao começarmos a contornar a curva da Cascatinha, ouvimos “aquela barulheira”. Era a vibração do pessoal que tinha assistido a uma incrível cena de um pequeno (e lindo) Karmann-Ghia “empurrando” um Mustang, e o pior, na subida!! E não era um Mustang qualquer (daqueles 6 cilindros), mas um Mach1 que era top dos V8 e ainda por cima era do Pêpe, que costumava fazer “gracinhas” como cantar muito pneu nas arrancadas e nas saídas de curvas, fazendo a maior gritaria de pneus e fumaceira.

Pois bem, a galera vibrava e fazia muito barulho demonstrando a alegria de ter assistido àquela impagável cena. (Hoje imagino Davi derrotando Golias).

Não precisa dizer que logo logo fiquei conhecido nas ruas da Tijuca, aliás eu não, mas o Karmann-Ghia vermelho bom de aceleração.

Foi muito legal essa noite. E hoje (40 anos depois) ouvindo rock’n’rolls antigos, lembrei deste dia que ficou marcado para sempre.





Uma vez perguntaram ao Nelson Piquet se ele tinha frustração por nunca ter guiado uma Ferrari de fórmula 1 (eu vi essa entrevista) e ele parou e pensou... e, respondeu o seguinte:

“- Muito melhor que guiar uma Ferrari de fórmula 1, é vencer uma Ferrari na fórmula 1!”

Entendo bem o que ele quis dizer. É claro que entendo!!...



Mensagens para     cisco@blogdocisco.com.br

sábado, 26 de janeiro de 2013

Feliz Ano Novo

Hoje lembrei que me falaram que no ano novo tudo iria melhorar.

...Ainda bem que só faltam 11 meses!!


!

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Aos Poucos me Tornei um Bife

Sempre ouvi dizer que a gente é o que a gente come.
Sinceramente, sempre achei exagero.

Mas aí passei a prestar mais atenção no que comia e reparei que duas ou três vezes por semana, servem bife no almoço no meu trabalho.

Pelo corredor do hospital dá pra escutar os trabalhos da cozinha, socando e esmurrando a pobre da carne, que não é de primeira, até ela ficar mais macia. O coitado do bife apanha até confessar que foi o mentor do mensalão.




Hoje em dia quando paro pra meditar e vejo o quanto tenho apanhado da vida, sinto que estou me transformando num daqueles bifes...

Nervoso. Porém mais macio!

domingo, 30 de dezembro de 2012

O Sábio e o Criminoso

(Escrito em 2001)

Certa vez o chefe de polícia de uma terra distante, precisava prender um homem que havia praticado  atrocidades em sua terra e fugido para um local distante, onde se escondia em acidentes naturais e se sentia seguro rodeado por comparsas muito bem armados.


Depois de muito pesquisar, esse chefe de polícia descobriu um humilde e pacato homem, que era conhecido por demonstrar grande força interior para enfrentar desafios principalmente quando estava em jogo a felicidade dos habitantes de sua pobre comunidade, o qual conhecia toda aquela região como o quintal da sua casa.



Feito o contato, o sábio homem aceitou a incumbência de ir à caça do tal malfeitor, e pediu ao chefe de polícia que lhe cedesse os seguintes equipamentos: quatro mulas, oito agentes policiais de diversas classes sociais, duas armas com munição e dinheiro suficiente para comida e água para dois meses. Como recompensa, pediu que seus nomes ficassem em sigilo após o grande feito ter sido realizado.

Impaciente com a urgência que a situação impunha, mesmo sem entender o porquê daquelas exigências, o chefe de polícia concordou e assim despachou o grupo logo na manhã seguinte.

Os homens foram com muita alegria, sob o dócil comando do sábio homem. Sabiam que o êxito da sua missão traria alívio aos homens de bem. Sentiam-se até mesmo um tanto importantes por estarem participando de tão sublime evento.



No primeiro dia, só festa. Tudo dava certo. Todos estavam unidos e com espírito elevado.

Porém, enquanto os homens caminhavam no deserto, reuniões urgentes aconteciam na cidade deles. Alguns líderes locais quando souberam daquela comitiva se apressaram a organizar planos paralelos. Planos estes que divergiam das opiniões do sábio homem, que prosseguia sua caminhada sem de nada desconfiar.

Entre as idéias mirabolantes, estava a de um político local que persuadiu o chefe de polícia a comprar equipamentos importados de última geração, como rastreadores por satélites, lançadores de mísseis e todo um sofisticado aparato bélico; afinal, “nossos cidadãos merecem o melhor serviço”, dizia o tal líder.



O tempo foi passando, e nas estreitas fileiras da comitiva muita coisa foi mudando. Os agentes policiais de classe social mais elevada, começavam a “fazerem valer seus direitos” e se apoderaram das montarias não fazendo mais o rodízio estipulado. Quanto ao dinheiro, alguns começaram a retirar pequenos valores extras para sí, fazendo beirar o fracasso toda a expedição. Não bastassem estes problemas, o sábio homem recebeu uma mensagem para pararem a caravana e aguardarem a chegada de reforços que viriam em moderníssimos helicópteros tripulados por soldados treinados na mais avançada metrópole bélica do planeta.

A verba que lhe era enviada foi diminuída, obrigando o sábio homem a malabarismos incríveis para continuar fazendo funcionar a missão. O tempo passando, os resultados sendo esperados, a comida e os implementos rareando. ... Cada vez o sábio homem se sentia mais sufocado, pois afinal, o plano original vinha sendo sucessivamente modificado (sem sua concordância).

A esta altura os homens que o acompanhavam já eram quatro, pois outros tantos o haviam abandonado, pois só o estavam seguindo para atendimento de seus interesses pessoais e não os da população de sua terra. Conhecedor da natureza humana, o sábio já esperava que tal coisa acontecesse (por isto havia pedido somente quatro mulas, e que os nomes dos integrantes da equipe não fossem citados quando da solução do caso, e assim somente os que permanecessem firmes no propósito de salvarem seu povo continuariam na empreitada).

O tempo continuava a passar e o criminoso começou a crescer em poderio tornando ainda mais difícil a tarefa daquele que deveria prendê-lo.

Meses se foram, e o encarregado da grande tarefa via seus dias se esvairem em promessas de futuras soluções sem condições de levar adiante sua missão.





... Talvez, ainda hoje o sábio homem possa ser visto em algum lugar do deserto chorando pelas vidas de seus concidadãos que ainda estão à mercê da situação.





Eu lhe desejo boa sorte, homem.

sábado, 24 de novembro de 2012

HÁ 43 ANOS! (ou, filho bonito tem muitos pais)



Hoje me lembrei do Zé Rodrix. Aquele pensador pré-gabrielense que nos anos 1970 até 2009 nos brindou com tanta filosofia musical que não dá pra esquecer...
Casa no Campo, Mestre Jonas, Ama teu Vizinho como a ti Mesmo entre muitas outras obras, sem falar do hino da transformação dos comerciais que mudou a forma das empresas verem e se relacionarem com seus clientes e consumidores: Só tem amor quem tem amor pra dar (Pepsi).

Mas a música que ficou hoje ribombando nos meus “tímpanos da memória”, foi aquela intitulada Gerações que diz: “de 20 em 20 anos aparece no mundo uma ideia nova; mas de 40 em 40 é que todas as ideias se repetem” [ http://letras.mus.br/ze-rodrix/#mais-acessadas/1410377 ] . Aqui presto uma pequena homenagem ao saudoso artista contando mais uma das histórias das minhas 50 vidas (nesta mesma vida) neste planeta.



Desde muito cedo, eu tinha muita vontade e absoluta certeza que seria piloto de Turismo* (só corri em pista quando tinha 49 anos e mesmo assim, fazendo 60% da temporada de 2003 por falta de patrocínio) e quase tudo que eu brincava e tudo que eu pensava estava relacionado com carros (e seus detalhes). Então em 1969, na minha adolescência antes de começar a fase de “pegar emprestado” o carro do pai, eu comecei a dirigir escondido a Rural Wyllis que era o 2º carro da família, no qual nosso motorista o “Seu” Plínio nos levava durante a semana para a escola, as compras, etc. Num determinado momento, contei ao Seu Plínio que queria retirar o silencioso da Rural pois eu gostaria de dirigir um carro com “ronco de carro de corrida” (na época, não atentei para a possibilidade de aumento de potência ao retirar a restrição aos gases) mas ele me aconselhou a não fazê-lo, porque toda a família utilizava o carro e com certeza meu pai brigaria com ele e comigo.

Pouco tempo depois, ele veio com uma ideia muito boa e disse que a colocaria em prática, se eu guardasse segredo. Claro que eu topei na mesma hora. A Idea consistia em pegar uma base de carburador velho com a “borboleta abre-e-fecha” e colocar na ponta de um pedaço de cano que seria soldado em um buraco a ser feito no escapamento da Rural antes do silencioso. Assim, quando eu comandasse de dentro do carro a abertura da borboleta, os gases encontrariam saída fácil pela passagem livre e sairiam com o barulho de descarga livre. Um detalhe muito interessante, é que ele bolou o sistema de abertura feita através de um cabo de aço (tipo cabo trançado de acelerador) que ficava bem rente ao banco do motorista e passava através de furo no assoalho até o engate da base do carburador. Na ponta dentro do carro, ele mandou soldar um pequeno “T” que servia para acionar com o dedo e também servia de limitador para o cabo não atravessar o chão da Rural. Assim, eu passei a ter meu primeiro carro “envenenado” (ainda que só dirigisse um pouquinho naquela época).

Agora mesmo, em novembro, vi no YouTube alguns filmes que mostram o mesmo sistema como sendo uma grande novidade, só que na versão 2012 com acionamento elétrico/eletrônico mas com o mesmo princípio de abertura de borboleta em um cano em forma de “Y” colocado antes do silencioso. Os mais sofisticados são acionados por um botãozinho (JPEG 1) e os mais simples de forma manual por cabo de aço (JPEG 2). Existem também mais simplórios ainda que utilizam registros usados em instalações hidráulicas de construção civil abertos por comando na própria peça para o qual se tem que entrar debaixo do carro (JPEG 3). Pesquisando na Internet, li num fórum de “opaleiros” de uma cidade de São Paulo, que um dos membros dizia ser o inventor da “geringonça” há poucos anos (uns 2 ou 3 anos) e que se sentia roubado pelo fato de seu invento estar sendo comercializado por uma firma. Acontece, que nos Estados Unidos já estão sendo fabricados por diversas empresas.

Mal sabem eles que de 40 em 40 anos as idéias se repetem, e que o verdadeiro pai da invenção se chamava Plínio.
... Há 43 anos!



*Categoria de carros de rua apenas modificados para correrem nas pistas.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

UMA SAÍDA PARA UM BECO SEM ELA

Aconteceu comigo.

Entre 2000 e 2004, fui responsável pela manutenção dos veículos da Saúde Pública da minha cidade. A frota tinha 110 veículos, desde ambulâncias de várias marcas e tamanhos, passando por Gols, Caravans e Kombis até picapes “fumacê” e motos.
A coisa era bem difícil de gerenciar (mas não impossível).
Para tal serviço não basta ser correto, o cara tem que ser bastante criativo (além de ter uma pitada de loucura) para enfrentar as situações mais estranhas, que vão desde cantadas para superfaturar (embora a verba disponível seja bem abaixo das necessidades dos veículos) até os delírios de chefes e diretores que se acham semi-deuses só por terem um carguinho de 2 a 4 salários mínimos.

É... O “poder” faz mudanças incríveis em certas pessoas...

Vamos ao episódio:
Certo dia recebi de um desses chefões de diretoria de hospital, ou seja, um menino superpoderoso, uma ligação diferente das muitas que costumava receber. O que me chamou atenção foi que ficamos dialogando por bom tempo sem que nenhum dos dois quisesse “dar o caso por encerrado”. Até o momento em que mandei-lhe um “touché” de esquerda que atravessou seus 3 testículos (superpoderosos devem ter 3 deles).

Diálogo telefônico:

PODEROSO: “- Aqui é o Doutor Fulano do Hospital XYZ. Nossa Kombi está muito ruim e precisa de conserto urgente.”

Eu: “-Certo, doutor. Precisa que a gente mande um mecânico aí, ou dá pro seu motorista trazer ela até aqui pra gente dar uma olhada?”

PODEROSO: “ – Levar ela até aí!?! Não dá não. Tem muito serviço de rua pra ela fazer.”

Eu: “ - Ok . Quando puder, o senhor manda ela que a gente dá uma priorizada no atendimento...”

PODEROSO: “ – Não vai ter como mandar ela aí não, porque temos sempre muito serviço. Não podemos ficar sem essa Kombi.”

Eu: “ – Então tá! O senhor fica com ela aí com defeito.”

PODEROSO: “ – Mas eu preciso que a Kombi seja consertada.”

Eu: “ – Ok doutor. Então quando tiver uma folguinha, manda ela que a gente faz uma revisão caprichada.”

PODEROSO: “ – Acho que você não está entendendo. Eu não posso ficar sem essa minha Kombi aqui no Hospital, pô! “

Eu, (já de saco bem cheio): “ – Só um momentinho doutor, fica aí na linha por favor.”


20 segundos depois...

Eu: “- Doutor, tá na linha? Já tenho a solução! Acabo de ligar no outro telefone para Edinho do Reboque e ele vai mandar um caminhão plataforma. Aí o senhor manda colocar a “sua” Kombi em cima do caminhão, que um mecânico nosso vai deitadinho embaixo dela consertando, enquanto seu motorista vai em cima dirigindo e fazendo a rotina diária. Não é uma boa solução? ¿?

O homem virou bicho:


PODEROSO: “- Você está brincando comigo ???????? Isso não vai ficar assim não! Vou levar esse caso ao Superintendente (olha outro “super” aí). Você vai ver com quem está brincando!”

Eu: “ – Pode levar doutor. Só que eu acho que o brincalhão aqui é o senhor!”




... E você, o que faria?
Só sei que nunca mais ele me ligou, nem a Kombi “dele” apareceu na oficina.

Me diverti muito, mas os caras que trabalhavam comigo se “borraram” de medo.

Mais detalhes? Me pergunta que respondo pelo e-mail:
cisco@blogdocisco.com.br

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quarta-feira, 27 de junho de 2012

EU FIZ NO BANHEIRO !

Da série: ACONTECEU COMIGO

Que me desculpem os puristas, os psico-educadamente corretos, os respeitadores assíduos das regras de bons costumes, os anti-tabagistas, os professores, os legistas, os coveiros, os padres, os atletas, os astronautas, os ... bem, que todo mundo me desculpe. Mas essa oportunidade eu não poderia perder de forma alguma.





Data: Meados de maio de 2012.





Local: Banheiro do Supermercado Pão de Açúcar de Niterói, onde fui “tirar água do joelho” como dizia Vó Olinda.



Situação: Entrei no banheiro e me deparei com aquela plaquinha bem escrita com letras de profissional cartazista que dizia que eu não deveria fumar caso alguém me obrigasse. Talvez, o cara quisesse dizer para eu não fumar e finalizando expressou sua gratidão pela atenção. Mas, você nota que na placa não tinha o ponto depois da palavra FUMAR, o que acabou transformando completamente o sentido da frase. Eu, é claro, corri e arranjei um papel-toalha e uma caneta e escrevi o complemento da mensagem, concordando com o autor da frase. Afinal, só se deve fumar por vontade própria!!
Talvez com mais calma, a frase complementar devesse ser diferente, algo do tipo : SÓ FUME SE TIVER VONTADE, ou algo do gênero. Mas naquele momento de muita pressa para não ser pego no pulo, saiu qualquer coisa mesmo.



Venho desenvolvendo a prática do ataque de “respondimento” relâmpago às placas de avisos. Há alguns anos, neste mesmo supermercado, quando ainda se chamava Sendas, tinha uns “caixas-rápidos” que demoravam muito a atender e nas plaquinhas sobre eles, estava escrito CAIXA EXPRESSA. Eu levei de casa uns pedacinhos de fita isolante já recortados no tamanho certo, e ao passar sob as placas, consegui colocar em duas delas o hífen entre o EX e PRESSA, passando assim aos clientes, a verdadeira velocidade do atendimento... (Fizeram sucesso, pois ficaram agarradas lá por várias semanas).

Nota nº 1: Em língua portuguesa, cometo minhas gafes o tempo todo. Mas, pense comigo: a gente não poderia perder essa, não é mesmo?!
Nota nº 2: Eu não fumo. Aliás, larguei o fumo enquanto era mais novo. Agora que sou velho, não posso mais largar o fumo como antes.



Abraços.



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quarta-feira, 16 de maio de 2012

As GAIVOTAS e o ROLEX

Da série: ACONTECEU COMIGO.

Em 1962 eu tinha 8 anos e gostava muito de freqüentar a agencia de automóveis que meu pai tinha na época.

Naquele sábado a loja estava praticamente vazia (com apenas um Gordini semi-novo cheirando a tinta e um Fusca 1962 verde-garrafa zero km) o Aero-Wyllis do pai estava estacionado lá fora.

Como todo sábado, após o almôço a loja era fechada e acontecia uma reuniãozinha entre amigos, onde o sr. Emydio tocava violão e cantava músicas de Carlos José, e meu pai conversava sobre negócios com o sr. Geraldo “Pancinha”, tudo isso regado a algumas garrafas de White Horse que eu adorava, pois ganhava os micro-cavalos-brancos de plástico que vinham “amarrados” nos gargalos das garrafas do whisky.

Esse senhor que chamavam Geraldo Pancinha, era um vendedor de carros de Muriaé em Minas Gerais, especializado em Impalas (ele só negociava Belairs e Impalas). Quem quería um Impala zerado ou um semi-novo enxuto, fazia contato com o Pancinha que ele conseguía no Rio, em Minas ou em São Paulo. Ele viajava muito, sempre levando ou trazendo Impalas.
Logicamente, esse apelido Pancinha era devido à sua avantajada… pancinha.

Voltando ao início da nossa história, eu estava me divertindo jogando gaivotas de papel (em alguns lugares do Brasil se chamam aviõezinhos) pela loja, quando de repente uma delas caiu na calha de lâmpadas fluorescentes que era sustentada por correntes, de forma que ela (a gaivota) “pousou” suavemente como se eu tivesse planejado aquilo. Achei muito legal “eu ter feito aquele pouso”. Mas o que me trouxe de volta à realidade foi a voz “enrouquecida” do senhor Geraldo falando comigo.

Ele disse:
“- Se você colocar de novo uma outra gaivota na luminária, eu te dou um Rolex de ouro da mina coleção!”

Ah, o sr. Geraldo colecionava relógios Rolex de ouro.

Eu perguntei:
“- Quantas chances o senhor me dá prá eu tentar?”

Ele respondeu:
“-Você pode tentar 100 vezes!”

Uau! Eu, um garoto de 8 anos com um Rolex de ouro só meu…!!!!! Comecei a sonhar com aquilo e me sentindo a criança mais rica do mundo. Talvez eu pudesse comprar um carro de verdade para colocar na garagem lá de casa para usar quando crescesse… talvez eu pudesse comprar 10 bicicletas e 100 autoramas… sei lá, não importavam muito os detalhes, desde que eu me tornasse milionário com aquele relógio (era assim que eu imaginava quem tinha um Rolex, pois o Geraldo Pancinha era muito rico).

98, 99, 100 e nada de conseguir “aterrissar” a bandida da gaivota.

Na tentativa de nº 101 eu consegui repetir o feito. A gaivotinha ficou na calha. Fui correndo até o escritório e entrei triste e falante contando minha decepção:

“- “Seu” Geraldo. Eu consegui colocar a gaivota na “lâmpada”. Só que não foi nas 100 chances como o senhor disse. Foi na 101.”

“- Tá certo, garoto. Vou te dar o relógio. Você mereceu!” Foi a resposta dele.

Eu ainda retruquei, preocupado dele pensar que eu estaría trapaceando:

“ – Mas não foi nas 100 vezes…”

Neste momento meu pai reconhecendo que os cavalos brancos (whiskies) estariam dando coices no cérebro do pançudo Geraldo, tentou dissuadí-lo daquela “exageralda” premiação, mas Pancinha ficou firme e insistiu no “cumprimento da palavra”.
Foi aí que me tornei o feliz proprietário de um lindo exemplar do mais legítimo tesouro que um serzinho humano poderia obter (segundo o meu entendimento na época).



Hoje em dia, quando posso, fico atirando gaivotas de papel na calhas das agências de carros.
Mas não as pouso mais.
... Nem escuto nenhum Geraldo me desafiando a ganhar outros Rolex...

Acho que vou desistir.


Notas da Redação:
O senhor Geraldo faleceu anos depois, em um acidente de carro voltando para Muriaé ao volante de um Impala (seus Impalas tinham sempre alguns cavalos a mais, e geralmente eram brancos…).
Meu pai após o golpe militar de 1964 não conseguiu mais se levantar financeiramente e em 1978 aos 49 anos foi morar com Deus.
Meu precioso Rolex, foi dado por presente de aniversário a um tio meu, a pedido do meu querido pai, com a intenção de me comprar outro igual em seguida, o que acabou não acontecendo por falta absoluta de condições. Ele, o relógio, não me faz falta, mas ele, o meu pai esse sim faz muita.

Abraços.

sábado, 5 de maio de 2012

DINHEIRO CURTO?

Dezembro de 2006.
Plazza Shoping Niterói.
Final de noite, quase fechando.

Pessoas cansadas e ansiosas, na interminável fila para pagar o estacionamento (que absurdo ter que pagar estacionamento num lugar onde se freqüenta para gastar dinheiro!!).

Finalmente após longos minutos, chegou a minha vez.

Eu e minha esposa, cansados daquele intenso movimento pré-natalino, e nada satisfeitos em ter que “desembolsar algum”, dos parcos recursos que ainda tínhamos no bolso...

Como eu havia acabado de raspar o finalzinho da grana que restava no banco, 40 Reais para ser bem exato, estava somente com notas de R$10,00.

Olha só a situação:


EU:
Pego uma nota, coloco sobre o balcão e já vou adiantando:
“Desculpe, mas não tenho menor.”

Moça do Guichê: (mesmo após eu ter adiantado o recado):
_ “O senhor não tem menor, não?”

EU:
_“Não. Infelizmente, só tenho assim, e só tenho mais um pouquinho”.

Moça do Guichê:
_“Vê se o senhor tem nota menor aí”.

(Acho que ela não entendeu, ou não acreditou...)

EU:
_“É conforme eu lhe disse, só to com nota de dez, não tenho menor, não”.


A fila começou a se mover em movimento “peristáltico”, e os zum-zuns começavam a mostrar que os enfileirados estavam com pressa.

Moça do Guichê:
_“Vê aí, se tem menor...”

EU:
Ao mesmo tempo que colocava as outras 3 notas de R$10,00 sobre o balcão, fui dizendo:
_“TÁ TUDO AÍ. AGORA ELES ESTÃO FAZENDO TODAS AS NOTAS DE DEZ, DO MESMO TAMANHO, POR ISSO EU NÃO TENHO MENOR NÃO !”

A moça do guichê ficou zangada comigo, e os caras que estavam atrás de mim se desmanchavam em risos. Teve até uma senhora que disse:

_“ Ainda bem que você tem bom humor...”


(e você acha que eu iria perder uma oportunidade destas de me divertir?)

sábado, 7 de abril de 2012

Desafiei o PODER e perdi.

O anoitecer do dia 13 maio de 2004, poderia ser apenas mais um dos muitos da minha vida.
Mas eu presenciei uma seqüência de erros que não consegui engolir.

Uma picape cabine dupla da marca Ford do Departamento de Trânsito da minha cidade, Niterói, parou às 18:25h bem na minha frente para deixar saltar alguém (provavelmente um “carona” ou mesmo um diretor). Só que como o trânsito estava engarrafado em frente à Estação das Barcas (que ligam Niterói à cidade do Rio de Janeiro) o funcionário-motorista acabou parando erradamente SOBRE a faixa de pedestre ao invés de observar a guarda do espaço para o caso do sinal fechar para nós motoristas. Até aí seria um “pequeno erro”.
Só que o sinal fechou e os pedestres começaram a atravessar a rua (normalmente eles vem aos turbilhões, pois saem aos milhares das barcas) pela frente e por trás da picape da SUTRAN.

Foi aí que, a meu ver, aconteceu o grande delito. O motorista ligou então o giroscópio (luzes rotativas) e prosseguiu avançando sobre os pedestres que estavam à frente do veículo (observe que o sinal ainda estava fechado para os veículos). Nisto uma senhora bem idosa e franzina, pulou para não ser atropelada e naquele desespero acabou soltando o guarda-chuvas, que ficou caído na pista.

Assim como eu, diversos motoristas buzinaram muito e alguns até xingaram protestando contra aquele ataque de insensatez de quem justamente deveria ordenar e colaborar para que o trânsito se tornasse seguro para motoristas e pedestres.
Um minuto após a abertura do sinal para nós, alcancei por acaso aquele veículo oficial com 3 ou 4 funcionários dentro, parado e descendo outro ocupante e estiquei o meu braço para o lado de fora com o dedo “acusador” em riste e bradei:

“- EU VÍ, hein! ... EU VÍ !!!”

Sentindo-me “vingado”, continuei tranquilamente minha viagem rotineira até em casa...

... e, 2 meses depois, recebi em casa uma multa por falta de uso de cinto de segurança, com os dados da rua e horário em que eu gritei pra eles que havia testemunhado o quase atropelamento e avanço de sinal.

Cabe aqui a seguinte observação: Jamais coloco o carro em movimento sem estar com o cinto de segurança devidamente afivelado, pois por formação (sou formado em Direção Defensiva e Pilotagem de Competição) sei que ele é (o mínimo) imprescindível à segurança.
Após enviar um texto por e-mail à Diretora da SUTRAN, minha multa foi “suspensa”, mas ainda consta na listagem de cobranças, e a qualquer momento poderá ser ativada.

É! ... Eu pensei que bastasse ser correto para cobrar correção. Mas, hoje sei que não.

Quanta inocência!!

Quem está no PODER, ainda faz o que quer.
Será que isso vai mudar?





sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Feliz Natal HOJE!

Porque HOJE é Natal.

Todo dia quando você acorda é Natal.
Todo santo dia deve ser comemorado o nascimento do mais importante homem que já existiu. Cada dia é dia de parar para pensar no que faremos desse novo Natal-dia. Passaremos festejando e oferecendo a mão aos amigos e inimigos? Seremos “bondosos” com cada um que atravessar nosso caminho?
Perdoaremos quem nos tem ofendido e prometeremos não vacilarmos tanto...?
Olharemos para dentro de nós, procurando as falhas no intuito de nos consertarmos?
Abraçaremos o porteiro do nosso prédio, ou apertaremos a mão do entregador de pizza desejando-lhe o máximo de felicidades?
Ficaremos “corados de vergonha” ao olharmos o presépio no meio da sala, lembrando da pureza de Jesus em contraponto à nossa feiúra interior?

Se a cada dia, eu não festejar o Natal.
Se todo santo dia eu não refletir e reagir como faço quando estou com meus amigos e parentes na cerimônia que comemoramos a 25 de dezembro... Eu estarei sendo um grande mentiroso! E minha comemoração não vai agradar de forma nenhuma ao Mestre.

Tomara que a gente aprenda a tempo.
... E comemore todos os dias o verdadeiro sentido do Natal.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Nossa Senhora!!!

Escrito em 30 de abril de 2002

Nossa Senhora!
Não sei prá que eu penso isso. Quanta coisa espalhada... E o choro. Tem neném chorando. Como é grande essa sala!..
Acho que isso aqui é um hospital ou coisa parecida.
E as crianças; como tem criança aqui.
Acho que são mais de quinze.
Como tudo é tão branco. Como as criancinhas dos ricos são tão brancas. Quase dá pra ver por dentro delas. Deve ser a onda da cola, não devem ser tão brancas. E aquela alí ? Aquela mulher é grande. É pra cima dela que eu vou. Mas ela é preta. Não pode ser. Deve ser a enfermeira. Então é isso, gente preta cuidando dos filhos dos brancos.
Peraí. Cadê os ricos desta casa? Ela é a rica? Só pode ser.
- Você, passa todo o dinheiro e jóia, não conversa e pára de ficar me olhando.
- Eu não sou daqui. Sou hóspede.
- Para com essa conversa de religião, eu quero o
dinheiro.
- Já disse, eu não sei onde tem dinheiro.
- E essas criancinhas, são de quem? Vai dizer que não sabe também?
- As crianças são filhas dos donos da casa, eles saíram e eu fiquei com elas para tomar conta.

Eu alí parado me sentindo igual um doido segurando uma pistola apontada pras criancinhas que berravam sem parar.
Como é que casa de rico tem tanto espaço?
Quem fica limpando tudo isso o tempo todo?
Um alarme!
Sirene.
São eles.

Me levaram ... (Nunca apanhei tanto!)

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Luzes que Guiam

Da série: ANTIGAS LENDAS QUE EU MESMO INVENTEI.

Muitos e muitos séculos atrás numa época em que não se contavam os tempos, vivia um pescador humilde e muito bondoso chamado Nicolai. Ele acreditava que em algum lugar na imensidão do Universo, existiria "um Pai", que coordenava e dirigia tudo, nos Céus e na Terra.
Naquele tempo as pessoas viviam em pequenos grupos em uma enorme faixa de terra para cada "família".
Fazia sempre muito frio no planeta e cultivar qualquer coisa era bem difícil. Difícil também era se aventurar mar adentro com as frágeis embarcações da época, ainda mais que pela tradição e pela experiência, só se devia pescar à noite, onde frequentemente um pescador "sumia" na imensidão gélida do mar. Isto já tinha acontecido com Nicolai, que diversas vezes não encontrara o caminho de volta para a sua aldeia, senão após alguns dias.

Certa noite, Nicolai como sempre fazia, lançou-se ao mar para sua tarefa costumeira e nem desconfiava do que estava por vir...
Ao chegar ao final da música que cantarolava, que era o recurso utilizado para medição de distância para lançar sua rede, "sem mais nem menos" o mar começou a se agitar como nunca tivera se comportado até aquele momento. Parecia que toda a fúria do mundo estava concentrada alí naquelas gigantescas ondas. Como era de se esperar, Nicolai começou a ficar apavorado e tremendo-se todo, já não de frio mas sim de pavor, Nicolai começou a gritar por socorro.
-"Alguém me ajude! Alguém me ajude!" Gritava o humilde pescador, sem que resposta alguma viesse em retorno.

Após algum tempo (não se pode precisar o quanto), já praticamente exaurido de suas forças e quase desistindo de lutar pela vida, Nicolai pensou assim:
-"Se durante as noites houvesse sinais no mar para me guiar, eu pelo menos enxergaria o caminho de volta e talvez conseguisse escapar da morte que está tentando me levar hoje."
Foi então que "do nada" apareceu-lhe um anjo, que dirigindo-se a ele exclamou:
-"Não tenha medo bom homem, pois seus gritos de "socorro" foram ouvidos nos Céus. E o Pai que você pensa existir, determinou que eu agora mesmo espalhasse não no mar, mas no céu, pequenas partículas reluzentes, que você chamará de "Estrelas". Elas estarão sempre lá e você aprenderá a reconher suas posições e "movimentos". Acabará dando nomes às estrelas e aos grupos de estrelas. Elas servirão de guias para você e para todos os pescadores que viverem depois de você em qualquer lugar da Terra.
Agora anime-se! Recobre suas forças e volte para casa. Já dei ordem ao mar para que se acalme."

E logo amanheceu. E Nicolai voltou para casa sem peixes, mas vivo, e com uma grande história para contar.
Passou o dia exausto, mas por não conseguir "pregar olhos" tratou de restaurar seu barco com ajuda dos parentes, que não cansavam de ouvir vez após outra a história de Nicolai.

Ao chegar a noite daquele dia, Nicolai não pode ir pescar. Não por qualquer outro motivo a não ser o cansaço de muitas horas sem dormir. Mas mesmo assim, ele saiu da sua cabana com seus filhos, irmãos e toda a família, e olhou para o céu.
Não dava pra acreditar! Mas elas estavam lá!!!! As "luzinhas piscantes" arrumadas como que numa ilógica distribuição de espaço, lá estavam.
Todos reconheceram então que a "louca história" do Nicolai era verdadeira. Tudo mudara para eles, que agora teriam referenciais par irem e voltarem das pescarias.
... Também para cada um, ficou marcado na mente e no coração, a existência de um Pai. Que tudo ouve e tudo conhece.

E suas vidas nunca mais foram as mesmas!



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quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Musicas com Coca-Cola

Puxei pela memória (sentiu o cheiro de queimado aí ?) e lembrei de algumas musicas que citam o refrigerante Coca-Cola. Achei interessante e resolvi compartilhar com os amigos.

Se você lembrar de outra(s), por favor me avise para eu incluir na lista: (blogdocisco@loja.pro.br)


COPIE e COLE:
Lulu Santos:
www.youtube.com/watch?v=FxW_1aslUn8&feature=related

The Beatles:
www.youtube.com/watch?v=YcQGtigeadM&feature=fvst

Caetano Veloso:
www.youtube.com/watch?v=p4srizmb8B4&feature=related

Rita Lee:
www.youtube.com/watch?v=ZFfpQAhU4oE

Tim Maia:
www.youtube.com/watch?v=g5V_k1TImWI

Legião Urbana:
www.youtube.com/watch?v=k-qYu-zRiGM (Araken Caldas me lembrou)

Caetano Veloso:
letras.terra.com.br/marisa-monte/725561/ (Bianca de Freitas me lembrou)


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terça-feira, 12 de outubro de 2010

O "tempo" do barbeiro

Em 1995 resolvi cortar meu cabelo pela primeira vez à máquina.
Fui a um barbeiro aqui perto de casa e pedi a ele que "caprichasse" no corte.
Ele me perguntou como iria ser:
"-Máquina zero, corte mais alto ou corte mais baixo?"
No mesmo momento vi um outro barbeiro com o cabelo no tamanho que eu queria, e apontei dizendo:
"-Do tamanho exato daquele cara ali".

O artista começou sua obra. Muitos zum-zuns nas minhas orelhas depois, a obra estava pronta.

SURPRESAAAAAA!...
Eu estava praticamente careca!

Reclamei:
"-Poxa, a gente combinou que você cortaria igual ao cabelo daquele cara alí, e você me deixou quase careca!"

O doido-sem-noção do barbeiro me respondeu:
"_Ué, há um mes atrás eu cortei o cabelo dele igual ao seu corte de hoje!".

Claro que nunca mais voltei lá. Comprei uma máquina de corte, e até hoje meu cabelo é cortado pela esposa. Bem melhor!

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Meu Local de Trabalho

Janeiro 2001

Ah esse lugar tão sombrio, frio e insensível, onde passo meus maiores dias.
Lugar que me recebe de portões fechados, cheio de paredes úmidas e muros impuláveis...
Com situações difíceis e encrencas impossíveis.
Quando aprendo a decifrar um enigma, outro lhe sucede cada vez mais complicado.
Parece que meu local de trabalho não gosta de mim. Ele só recebe, na sua maioria, pessoas que vão me imprensar e cobrar atitudes e respostas as quais não posso ter.
De tão aberto e ventilado, me parece o pátio de um manicômio antigo.
De tão fechado e sombrio, me parece o já tão merecido cárcere mental que, repleto de charadas, me faz lembrar um labirinto de tarefas e prioridades como num jogo onde meu futuro e minha própria vida estivessem correndo risco constante.
Quanto suor, quanta arritmia, quantas mãos geladas, soluços presos na garganta. A despeito dos raros momentos de oásis, sofro a percepção de que assim é a vida. Encrencas gigantes, cobranças constantes...
Ah minha vida; ah meu local de trabalho... Como vocês se parecem ! As soluções devem estar lá fora, em algum lugar longe ou perto, mas fora de vocês.
Fora de vocês a solução e o alívio. Um pouco mais adiante de seus muros, o descanso.
Não precisarei mais tentar ser bom. Nem ter que ter soluções para tudo. Poderei descansar e ser eu mesmo.
Quem sabe chegará esse dia ? E nesse dia, quem sabe ?...

quinta-feira, 17 de junho de 2010

VUVUZELA !

A verdadeira origem da vuvuzela.
Cenário: Continente Africano, meados do século XIV.

Grupos de tribos disputam a soberania do que hoje conhecemos como Botsuana/Namíbia.

Três tribos que antes eram rivais unem-se para enfrentar o inimigo comum que tenta subjulgá-los. Sangrentas batalhas acontecem diariamente. Os povos das três tribos unidas se perguntam todos os dias:
“- Quem poderá zelar por nós, já que mesmo unidos somos tão fracos?...”
De repente o inimigo pára de atacar. Intrigados, os chefes das três tribos menores procuram saber o que está acontecendo e descobrem que o inimigo é de uma região distante e tem medo de elefantes (não existem elefantes na região dos invasores). Eles ouviram um barulho como uma manada de elefantes enfurecidos e fugiram. Continuando a pesquisar, descobriram também que tal ruído não era de elefantes enfurecidos, mas sim de um desafinado instrumento de sopro que o Vuvu, filho do sacerdote, tentava tocar sem sucesso (o Vuvu, queria ser músico, mas não tinha talento para isto. Como ele percebeu que todos aqueles povos seriam massacrados e ele iria morrer, passou a soprar desesperadamente o instrumento para tentar aprender “na marra” antes de partir de vez para o além).

É claro que o Vuvu foi aclamado com herói e teve entre outras regalias e prêmios, o direito de entrar para a escola de música local onde passou a tocar como mestre devido à sua dedicação e esforço. E a partir daquele dia, soldados munidos não de armas, mas de instrumentos de sopro iguais aos de Vuvu, passaram a patrulhar as fronteiras de seus territórios.

...Então, quando alguém naquela parte do mundo tem algum problema e pergunta:
“-Quem poderá zelar por nós...!?”
sempre ouve como resposta:
“-Não tenha medo. Vuvuzela!”


E em nossos dias, o som enfurecido da Vuvuzela é usado para "afugentar" os adversários nas partidas de futebol e passar a mensagem ao time amigo que eles não estão sozinhos, Vuvu zela por eles!!

segunda-feira, 24 de maio de 2010

A Arma de Né-Jade

Numa pequena província da pós-Pérsia, vivia uma família numerosa.
Um pai e uma mãe orgulhosos de seus 14 filhos, aos quais por tê-los como jóias, deram nomes de pedras preciosas. Assim um se chamava Ônix, outra Ametista, um deles era chamado Jade... e é exatamente sobre este menino chamado Jade que se refere nossa história.

No início, todos os filhos eram submissos aos pais e aos preceitos morais e religiosos por eles ensinados. Como todo homem de respeito do lugar, eles faziam suas orações, treinavam guerrilhas e odiavam Israel...
Em determinado momento porém, Jade parecia que estava se tornando um “diferente” dos demais. Seus questionamentos científicos e políticos faziam seu pai “coçar a cabeça” em sinal de preocupação, afinal nenhum de seus antepassados até hoje havia tentado mudar “a ordem das coisas”. E assim os anos foram passando e no auge da adolescência, seus pais por se sentirem “envergonhados” pelas tendências progressistas de Jade, resolveram mudar o seu nome para “não-é-Jade” (no Oriente, a prática de mudanças de nomes de acordo com as situações é fato comum).
Assim, todos o conheceriam como não-precioso, ou não-é-Jade
(para os íntimos: NÉ-JADE o rebelde).
Mais tarde, ingressou na política chegando a alcançar o cargo de presidente daquele país.
Ao longo dos anos, sempre fiel às tradições e por acreditar ser o escolhido para aniquilar Israel do mapa, decidiu investir pesado numa arma de destruição em massa. Vem sendo desde então perseguido por vários países, sempre com ameaças de embargo econômico e coisas parecidas. Mas ele sabe ou pelo menos acredita, que conseguirá com o tempo dobrar os infiéis, e lograr êxito nos seus intentos mais profundamente arraigados no coração e na mente...
Assim, ele é assunto no mundo inteiro, o tempo todo. Todos estão comentando sobre a
ARMA de NÉ-JADE.
Não sabemos onde isto tudo irá parar. Mas eu acho, que nos anos 40 a gente já viu um filme bem parecido...

segunda-feira, 26 de abril de 2010

TESTAMENTO

Testamento, 16/07/02


Para o meu cachorro, deixo um lápis, uma borracha, meus óculos de leitura e seu próprio travesseiro malcheiroso.
Para meu professor, deixo a caixa de lápis de cor importada, e o esquadro de plástico.
Para minha vizinha, deixo a campainha nova que ela tanto gosta de tocar.
Para meu patrão, deixo uma lupa para procurar erros.
Para minha sogra o telefone da cozinha pelo qual ela tanto chama.
Para meus funcionários, deixo meus elogios.
Para o frentista do posto de gasolina, deixo R$ 1,00, que ele tanto gosta.
Para a telefonista, um alô.
Para os repórteres do Jornal Nacional, o meu Boa Noite.
Para meus amigos, as lembranças.
Para meus inimigos, a incerteza do reencontro.
Para meus credores, meu sinto muito.
Para quem agradei, meu muito obrigado.
Para quem desagradei, danem-se.
Para quem dei prejuízo, desculpas.
Para quem me roubou, façam bom proveito.
... e vamos por aí a fora...

quinta-feira, 25 de março de 2010

Parabéns Pedrão!!

Hoje não é apenas um outro dia.
É comemorado o nascimento do Pedrão.

Ele também não é um cara qualquer...
Trabalha como se estivesse se divertindo; pedala como se sua vida dependesse disto; acredita em Deus como se repirasse fé (eu acho até que ele respira fé...)

Abraço, grande garoto!

A gente se vê...

sábado, 20 de março de 2010

Impressionante !

* O garoto perguntou ao pai:
“- Como é Deus ?”
O velho pediu ao filho alguns dias para responder. Depois
de uma semana, arriscou uma resposta, mesmo achando que
o menino não fosse entender.
“- Meu filho, Deus é grande demais para eu poder defini-
lo. É forte demais, para alguém vencê-lo. Meu filho, é muito
difícil para seu pai descrevê-lo”.
Então o garoto depois de pensar por alguns instantes
resolveu dizer para seu pai:
“- Pai. Deus então deve ser igual a um sol, que ninguém
consegue impedir que apareça, e gosta de iluminar todo mundo.
E só não recebe sua luz, que se esconde dela.”
. . . O pai ficou impressionado.
(Eu ficaria).

Raphael. Mecânico e Amigo!

terça-feira, 2 de março de 2010

Parabéns Afonso

Parabéns e muitas felicidades.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

O Meu e o Seu...

Década de 60.
"Doe Ouro Para o Bem do Brasil". Muitas famílias doaram seus ouros. O Brasil iria pagar a dívida externa.
PAGOU?

Década de 80. Foi criado o "empréstimo compulsório dos combustíveis" que livraria o País das más estradas e outras coisas, e depois seria devolvido com juros. Guardei meus comprovantes de abastecimentos.
Aí, o Governo disse que ficava sem efeito a devolução porque o povo deixou de guardar os comprovantes. E aproveitou para englobar no custo dos combustíveis a diferença daquele valor.
Onde devo colocar meus comprovantes de abastecimentos? Cadê meu dinheiro de volta com juros?

CPMF. Paguei durante anos, o imposto para ajudar a acabar com a falta de recursos para a Saúde, e acreditei estar ajudando aos meus compatriotas...
Quem sabe para onde foi aquela enxurrada de dinheiro?? Cadê minha parte de volta?

Agora suas excelências governamentais estão enviando milhões de dólares do nosso dinheiro para socorrer países estrangeiros... Tenho dó dos haitianos. Jamais iria querer que tal tragédia tivesse ocorrido. Mas o dinheiro dos impostos dos brasileiros, deveria resolver os problemas dos brasileiros, e não ser enviado sem consulta, à estrangeiros... Quem quiser particularmente cooperar, tudo bem. Mas não pegar dinheiro meu e seu para fazer média iternacional!

Dá para acreditar que a coisa vai mudar?

domingo, 17 de janeiro de 2010

Como diz o "velho ditado"...

Tem um ditado antigo que diz: "Quem espera sempre alcança".
E nem só de guerras e invasões vive o Império Romano Moderno.
Ajuda humanitária e parcerias, também constam no "cardápio" do Tio Sam.

Há pouquíssimos anos quando a ONU se propôs a ajudar a pacificar o Haiti, a galera local resistiu à presença norte-americana nas sua terras. Politicamente para o Brasil, foi um "achado", porque se iniciava no mundo todo, uma era pró-brasiliana-eles-tem-muito-petróleo-muita-água-doce-muita-reserva-para-ser-internacionalizada (ganhamos a sede da copa, olimpíadas... compramos avião francês 3º lugar no ranking da Aeronáutica, permitimos bases francesas na Amazônia no mesmo pacote... etc etc).
Mas voltando à vudulândia (Haiti), hoje o que se vê é um comando norte-americano em cada fase e local de ajuda. Comando no espaço aéreo, comando nas buscas aos sobreviventes, na distribuição de alimentos... e estão pedindo para os seus poderes serem ampliados para implantação do "toque de recolher".

Êh organização organizada! Eles esperam e atuam em cada oportunidade possível nos 5 continentes.
No meio da calamidade estrondosa em que se encontra o país, o chefe máximo se dirige a Obama e diz 3 vezes: -"Muito obrigado, muito obrigado e muito obrigado".
Lembrei-me de São Pedro negando Jesus 3 vezes.

Os feiosos de ontem, são os salvadores de hoje e sabe-se-lá-o-quê de amanhã.

Tenho certeza que existe um plano pronto (há anos) para salvar Cuba de alguma catástrofe parecida... Fazer o quê, né? É assim que as coisas funcionam.

Aos poucos, o cenário vem sendo montado no mundo para o "Grande Final". Faltam algumas coisas para chegar esse dia. Mas de uma hora pra outra, tudo poderá acontecer.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Auto-Confiantes. Eu os Admiro!

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

OBESO


Você sabe de onde veio o termo OBESO?
Em 1718, na França dos Czares, uma senhora perguntou à sua sobrinha se ela namoraria um camponês gorducho. A sobrinha respondeu que SIM, desde que gostasse dele.
Então, por curiosidade ou querendo fazer a menina desistir, perguntou se ela (a sobrinha) beijaria o tal camponês gordo, ao que ela prontamente respondeu:
“- Se eu gostá dele, ô beso!”...
Daí este fato correu a Europa como aceitação da gordura.
E hoje o termo OBESO (traduzido do Greco-Russo para o Nirlandez) faz parte do nosso vocabulário e significa, “além do peso estipulado”.

sábado, 19 de setembro de 2009

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Série: Conversando com Papai

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Série: Conversando com O Papai

terça-feira, 21 de julho de 2009

O Pai, O Filho e o Espírito Santo

Graças a Deus pelo meu filho.
Tenho reaprendido a existência de Deus através dele.
Explico uma dessas "aulas".
Talvez por causa das muitas decepções com os humanos, talvez pelo cansaço de tentar reiniciar sempre a minha busca pelas oportunidades que nunca chegam. Ou quem sabe ainda por ver o sofrimento relatado nos telejornais, as guerras, os acidentes, as mortes com sofrimento ou não... Ou ainda, pela soma de todas estas coisas (nunca saberei ao certo), passei a ter uma "imagem" de Deus, como de um velhinho muito sabido, descansando num trono no Céu, e se divertindo às nossas custas. Como quem se diverte assitindo a uma interessante peça de teatro... Só que aqui, os atores sofrem e morrem de verdade.
Eu nunca disse isto tão claramente a ninguém. Talvez por medo de expressar um sentimento tão pecaminoso.

... Mas aí num dia desses, nem sei "por que cargas d'água", eu disse assim ao meu filho:
- " Deus que é tão poderoso, poderia criar com o simples pensamento, uma "máquina de guerra" que acabasse de vez com o diabo. Aí a gente não precisaria ter essa luta toda na vida..."

Para meu espanto, ele (o filho) me veio com a seguinte resposta:
-" Deus não faz máquinas de destruição. Ele quer que a gente participe da criação das coisas, inclusive das soluções. Não fomos feitos robôs, mas seres com livre arbítrio, para escolhermos o lado certo e construirmos o caminho".

Uau, essa me derrubou!
... E não é que faz sentido?!

Só pode ter sido o Espírito Santo que revelou isto a ele. Só pode ter sido...