sábado, 18 de outubro de 2008

ALGUMAS VERDADES NESTE VELOZ MUNDO LOUCO.

Alguns conceitos de tempos em tempos, a gente tem que rever.
Antes dos sensores eletrônicos nos carros, descer ladeiras em ponto morto, era a maneira mais econômica de se fazer o trajeto. Hoje, é em última marcha sem acelerar que se economiza mais
Em 2003 me perguntaram: “um mesmo carro preparado, corre mais com carburadores ou com injeção? “
Minha resposta foi : ainda hoje com carburadores, mas em pouco tempo, será com injeção (infelizmente, pois prefiro os carburadores). Claro que a resposta não foi aceita na época, mas hoje ...
Essa história de piloto brasileiro de fórmula 1...
Não consigo entender como alguém que gosta de carros e de velocidade (sendo ele ou ela de qualquer lugar do mundo) entre nesta onda errada GalvãoBuenesca, de encarar a Fórmula 1 como se fosse uma disputa de países. Brasil contra Ingraterra, Polônia contra Finlândia etc.
Quem curte mesmo, gosta de ver os carros em ação, comandados pelos seres humanos mais capacitados a fazê-lo, não importando em qual pedacinho do planeta eles tenham nascido. Era muito bom ver um Gilles Vileneuve guiando. Um Nelson Piquet, um Rosberg dando um 360 numa estreita ponte com sua nave espacial, um Manssel, um Senna driblando o Prost, Montoya com carro pouco inferior ultrapassando o Schumacher, Pace, e tantos outros artistas das pistas só citando Formula 1, claro que pelo mundo afora temos Schneider, Giglio, Ingo Hoffman, Wilson Fittipaldi, Zannardi, Mattheis, Toninho da Matta, e tantos outros...
Hoje, coitado do Massa; tem que suprir a ausência de um Senna, que para os fanáticos por futebol sobre rodas (os brasileiros que torcem pelo Brasil na Fórmula 1 ao invés de apreciarem o talento do ser que guia, independente da raça, credo ou nacionalidade...) por ser também brasileiro, é obrigado a vencer esta “copa do mundo”.
Digo coitado, não por considerá-lo incapaz de vencer ou de conquistar até um Campeonato Mundial. Mas digo no sentido de ter tido o momento de liberdade pós Schumacher , justamente quando ressurge um Fernando com todas as garras de fora; uma geração competente como os Kubica-Vettel-Kovalainen-Piquet-Rosberg, que estão se formando este ano e farão pós-graduação em 2009. E pra “cereja-do-bolo”, deu de cara com um moleque travesso, que dirige ao melhor do estilo Senna (o Niki Lauda concorda comigo) e que vai “atazanando” a vida dele (como dizíamos nós os antigos). O garoto Hamilton, brinca com a máquina.Parece que foi ele quem inventou o carro e as corridas.
... bem, entusiasmo à parte, vamos ver o que os dirigentes vão inventar de penalização para conter o Lewis desta vez.
Primeiro, ao invés de punir a organização da prova pela escassez de luzes de aviso nas saídas dos boxes, preferiu jogar a culpa em cima dos pilotos (Lewis e outro), e eu pergunto (e afirmo): se os caras que dirigem os bastidores, dirigissem carros, saberiam que dentro daquele espaçosinho que é o cockpit+capacete, não se pode ter uma visão periférica tão ampla assim, e teriam ficado envergonhados por deixarem de copiar as indys americanas, que em segurança estão mais adiantados (F1 já copiou alguns itens, como luzes piscando nas traseiras dos carros nos boxes e em algumas situações entre outros itens de segurança). E teriam absolvido Barrichello e outros que não conseguiram ver as luzes vermelhas das saídas de boxes.
Depois, ao verem que o garoto Lewis voava (até mais do que o carro) e passou a Ferrari erradamente numa chicane, mas voltou e devolveu a posição, e só completou a ultrapassagem depois disso, inventaram que numa situação daquelas, o cara tem que ficar (só pode ser “de castigo”) atrás até a próxima curva (ou coisa bem parecida). Só que a regra foi “cuspida”, após o incidente, e aplicada nos melhores moldes ditatoriais, com retroatividade... ora, vamos ponderar: se o cara vê que passou erradamente, e freia feito um doido pra poder entrar de novo atrás do colega “ofendido”, ele estará segurando o carro muito mais do que o normal, e estará com o “psicológico” abatido, por ver que esperará uma pequena eternidade para poder ultrapassar... isto por si só já é uma grande desvantagem para quem tem que devolver posição. A simples bruta-desaceleração, torna o cara mais lento, então ele por já estar abatido e em desvantagem, não tem que ficar se penitenciando por mais tempo. Tá punido o suficiente.Vai ter que remar muito mais pra conseguir acompanhar o da frente e voltar a tentar.

Uma observação: Ninguém comenta as coisas que não interessam à verdade, e só contam o que faz bem a si próprio. Explico: na largada onde o Lewis vinha feito flecha lançada por índio apaixonado, ficou claro que houve problema de dirigibilidade do carro, por isto ele aparentemente “jogou” o carro contra a Ferrari. Mas pouco depois na curva pra direita, o carro dele também desobedeceu e foi pra fora da pista, sem que ninguém o tivesse empurrado, fazendo com que o boxe fosse o destino mais correto que ele poderia tomar e tomou. Ninguém conta assim, eles contam mais ou menos assim:
“O Hamilton vem voando como louco, e joga o seu carro parece que de propósito contra o indefeso pobrezinho brasileiro, que é prejudicado por esta besta desumana chamada Hamilton, que pensa que sabe guiar... “

... bem, acho que já gastei muita tinta.
Daqui a pouco começa o GP da China. E preciso dormir. Quem sabe, o melhor do mundo vença.
Ou talvez um Piquet , Massa ou Alonso...

Abraço.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

EU AINDA NÃO CONHEÇO O ZÉ MARIA.


Me disseram que ele mora em BH.
Disseram também que ele gosta e entende de carros. Então: Grande sujeito esse tal de ZéMaria...
Diz a lenda, que certa vez ele viu um recém-adquirido carro legal de um amigo, um certo SP2 (o carro, não o amigo) e por sentir alegria em ver o seu amigo com aquela preciosidade ao alcance das mãos, sugeriu “dar uma voltinha” no brinquedo dele (com todo respeito, estou me referindo ao carro) . A surpresa foi maior que a esperada. O cara cuspiu uma frase mais ou menos assim: “Sossega, garoto. Isso aqui não é pro teu bico” .

Anos se passaram...

Vendavais e calmarias na vida do ZM. A roda gigante da vida, ora lá em cima, ora cá em baixo, mostrou ao Zé, do que é construída uma vida.


Aliás, a vida é construída ou nos é oferecida?

Hoje, o Zé tem uma História. E nesta história, ZéMaria lembra de cada detalhe. De cada passagem. Cada doce e cada amargo.
Cada doce alegria...
...e cada amaarrrrrgo!!!!

Mas essa história não é um fim em si mesma. Ela é uma das engendradas (não sei o que significa, mas li isso numa dublagem no cinema, lá pelos anos 80. Ou 70...) tramas que compõem as zilhões de vidas que por aqui passaram e ainda passarão (quase como num entrelaçado DNA Divino, onde cada vida é uma cepa desse DNA).

Quem sabe um dia eu vá lá em Belzonte ter o prazer de conhecer este tal de Zé Maria. E quem sabe, ele até deixe eu dar uma volta no SP2 dele, o qual teve a dádiva de poder comprar. E ele tem placa preta e tudo (o carro, não o Zé). Garanto que é muito mais apreciado por todos que o vem do que daquele outro... (agora falo do carro, mas também do Zé).


Parabéns Zé.

Parabéns por esta vida vitoriosa. Parabéns pelo acumulado de riquezas vividas e mantidas. Riquezas que não se compram. Valores não mensuráveis: Sua família. Sua profissão. Seu amor a cada um, quer sejam coisas, quer sejam pessoas. Pra você, tudo tem valor.

Divina Centelha de entendimento!

Passado e presente se misturam, pois o tempo não existe.

Parabéns Zé. Não tanto pelo seu aniversário, porque toda hora você faz mais um... mas pelo que você é!
Abração, cara!