sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Feliz Natal HOJE!

Porque HOJE é Natal.

Todo dia quando você acorda é Natal.
Todo santo dia deve ser comemorado o nascimento do mais importante homem que já existiu. Cada dia é dia de parar para pensar no que faremos desse novo Natal-dia. Passaremos festejando e oferecendo a mão aos amigos e inimigos? Seremos “bondosos” com cada um que atravessar nosso caminho?
Perdoaremos quem nos tem ofendido e prometeremos não vacilarmos tanto...?
Olharemos para dentro de nós, procurando as falhas no intuito de nos consertarmos?
Abraçaremos o porteiro do nosso prédio, ou apertaremos a mão do entregador de pizza desejando-lhe o máximo de felicidades?
Ficaremos “corados de vergonha” ao olharmos o presépio no meio da sala, lembrando da pureza de Jesus em contraponto à nossa feiúra interior?

Se a cada dia, eu não festejar o Natal.
Se todo santo dia eu não refletir e reagir como faço quando estou com meus amigos e parentes na cerimônia que comemoramos a 25 de dezembro... Eu estarei sendo um grande mentiroso! E minha comemoração não vai agradar de forma nenhuma ao Mestre.

Tomara que a gente aprenda a tempo.
... E comemore todos os dias o verdadeiro sentido do Natal.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Nossa Senhora!!!

Escrito em 30 de abril de 2002

Nossa Senhora!
Não sei prá que eu penso isso. Quanta coisa espalhada... E o choro. Tem neném chorando. Como é grande essa sala!..
Acho que isso aqui é um hospital ou coisa parecida.
E as crianças; como tem criança aqui.
Acho que são mais de quinze.
Como tudo é tão branco. Como as criancinhas dos ricos são tão brancas. Quase dá pra ver por dentro delas. Deve ser a onda da cola, não devem ser tão brancas. E aquela alí ? Aquela mulher é grande. É pra cima dela que eu vou. Mas ela é preta. Não pode ser. Deve ser a enfermeira. Então é isso, gente preta cuidando dos filhos dos brancos.
Peraí. Cadê os ricos desta casa? Ela é a rica? Só pode ser.
- Você, passa todo o dinheiro e jóia, não conversa e pára de ficar me olhando.
- Eu não sou daqui. Sou hóspede.
- Para com essa conversa de religião, eu quero o
dinheiro.
- Já disse, eu não sei onde tem dinheiro.
- E essas criancinhas, são de quem? Vai dizer que não sabe também?
- As crianças são filhas dos donos da casa, eles saíram e eu fiquei com elas para tomar conta.

Eu alí parado me sentindo igual um doido segurando uma pistola apontada pras criancinhas que berravam sem parar.
Como é que casa de rico tem tanto espaço?
Quem fica limpando tudo isso o tempo todo?
Um alarme!
Sirene.
São eles.

Me levaram ... (Nunca apanhei tanto!)

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Luzes que Guiam

Da série: ANTIGAS LENDAS QUE EU MESMO INVENTEI.

Muitos e muitos séculos atrás numa época em que não se contavam os tempos, vivia um pescador humilde e muito bondoso chamado Nicolai. Ele acreditava que em algum lugar na imensidão do Universo, existiria "um Pai", que coordenava e dirigia tudo, nos Céus e na Terra.
Naquele tempo as pessoas viviam em pequenos grupos em uma enorme faixa de terra para cada "família".
Fazia sempre muito frio no planeta e cultivar qualquer coisa era bem difícil. Difícil também era se aventurar mar adentro com as frágeis embarcações da época, ainda mais que pela tradição e pela experiência, só se devia pescar à noite, onde frequentemente um pescador "sumia" na imensidão gélida do mar. Isto já tinha acontecido com Nicolai, que diversas vezes não encontrara o caminho de volta para a sua aldeia, senão após alguns dias.

Certa noite, Nicolai como sempre fazia, lançou-se ao mar para sua tarefa costumeira e nem desconfiava do que estava por vir...
Ao chegar ao final da música que cantarolava, que era o recurso utilizado para medição de distância para lançar sua rede, "sem mais nem menos" o mar começou a se agitar como nunca tivera se comportado até aquele momento. Parecia que toda a fúria do mundo estava concentrada alí naquelas gigantescas ondas. Como era de se esperar, Nicolai começou a ficar apavorado e tremendo-se todo, já não de frio mas sim de pavor, Nicolai começou a gritar por socorro.
-"Alguém me ajude! Alguém me ajude!" Gritava o humilde pescador, sem que resposta alguma viesse em retorno.

Após algum tempo (não se pode precisar o quanto), já praticamente exaurido de suas forças e quase desistindo de lutar pela vida, Nicolai pensou assim:
-"Se durante as noites houvesse sinais no mar para me guiar, eu pelo menos enxergaria o caminho de volta e talvez conseguisse escapar da morte que está tentando me levar hoje."
Foi então que "do nada" apareceu-lhe um anjo, que dirigindo-se a ele exclamou:
-"Não tenha medo bom homem, pois seus gritos de "socorro" foram ouvidos nos Céus. E o Pai que você pensa existir, determinou que eu agora mesmo espalhasse não no mar, mas no céu, pequenas partículas reluzentes, que você chamará de "Estrelas". Elas estarão sempre lá e você aprenderá a reconher suas posições e "movimentos". Acabará dando nomes às estrelas e aos grupos de estrelas. Elas servirão de guias para você e para todos os pescadores que viverem depois de você em qualquer lugar da Terra.
Agora anime-se! Recobre suas forças e volte para casa. Já dei ordem ao mar para que se acalme."

E logo amanheceu. E Nicolai voltou para casa sem peixes, mas vivo, e com uma grande história para contar.
Passou o dia exausto, mas por não conseguir "pregar olhos" tratou de restaurar seu barco com ajuda dos parentes, que não cansavam de ouvir vez após outra a história de Nicolai.

Ao chegar a noite daquele dia, Nicolai não pode ir pescar. Não por qualquer outro motivo a não ser o cansaço de muitas horas sem dormir. Mas mesmo assim, ele saiu da sua cabana com seus filhos, irmãos e toda a família, e olhou para o céu.
Não dava pra acreditar! Mas elas estavam lá!!!! As "luzinhas piscantes" arrumadas como que numa ilógica distribuição de espaço, lá estavam.
Todos reconheceram então que a "louca história" do Nicolai era verdadeira. Tudo mudara para eles, que agora teriam referenciais par irem e voltarem das pescarias.
... Também para cada um, ficou marcado na mente e no coração, a existência de um Pai. Que tudo ouve e tudo conhece.

E suas vidas nunca mais foram as mesmas!



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